
no bater das portas
entrei no lado azul da noite
em silêncio pesado
tropecei na verde porta
com palavras embrionárias
flui da obscuridade
sem nome de gente
empurrei o verão
esquecida, na inocência do tempo
do lado de lá, disseminei aromas
na magia dos ventos desabridos
rostos sedentos,
aterrados,
suspirantes no sossego
duma noite, sem paisagem
transpirada de azul
voraz passa incandescente
a idade louca de um tempo
l.maltez